1.9.04

Rock e Crimes Esotéricos

Um dos casos mais famosos de assassinatos esotéricos ligados ao rock foi a ação do maníaco americano Charles Manson e sua fascinação pela música dos Beatles. Manson era um fanático religioso que acreditava ser Jesus Cristo encarnado e possuir uma "família", que eram os seguidores de suas pregações.

Manson acreditava também que os Beatles eram anjos mandados a Terra por Deus para avisar os homens sobre o terrível apocalipse que se aproximava, e que eles haviam feito isso através do famoso "White Album", o Álbum Branco. As canções segundo interpretações de Charles Manson, citavam suicídio (Yer Blues), os próprios sons do Armageddon, trazidos pelos "anjos do apocalipse" (Revolution#9), sugestões de destruição (a versão de "Revolution" contida no álbum chamada de Revolution#1 era um take mais lento do famoso single da banda e na frase que fala "But when you talk about destruction... don´t you no that you can count me out..." eis que imediatamente após a última palavra (out) uma voz pronuncia de uma forma bem clara "in") e, principalmente, as guerras raciais figuradas em diversas músicas.

Essas guerras raciais são sugeridas para Mason em, por exemplo, "Piggies", que seriam os "porcos brancos" e "Black Bird" possivelmente os Panteras Negras. Notava no fade de "Piggies", sons de metralhadoras, sugerindo a guerra declarada, o caos total, as guerras raciais, a destruição, a revolução final.

Charles Mason em certa época teve uma música supostamente roubada pelos "Beach Boys", sua canção "Cease to Exit" teria sido utilizada pelo grupo californiano sobre o título de "Never Learn Not to Love" para o álbum 20/20. A fúria de Manson caiu principalmente sobre Terry Melcher (filho de Doris Day), um produtor musical que havia negado um contrato de gravação de suas músicas, incluindo a utilizada pelos Beach Boys, estes fazendo grande sucesso com o plágio de sua canção.

Assim, Mason decide invadir com sua "família" a ex-residência do produtor Melcher. Na loucura de Manson, não importava se Melcher morasse ou não lá. A nova moradora era a atriz Sharon Tate na época recém casada com o diretor Roman Polanski. A artista estava com alguns amigos em sua casa. Manson promoveu uma chacina, numa atitude absurdamente covarde.

A familia Manson utilizou o sangue de suas vítimas para escrever nas paredes da casa "Helter Skelter", "Political Piggy" e "Arrise". Helter Skelter e seu significado tomado por Manson, citados antes, seriam o seu propósito, Political Piggy seria a referência às pessoas mortas ali e Arise, uma citação a um trecho da música "Black Bird": "You’re only waiting for this moment to arise" (Você está esperando somente este momento para levantar-se), este trecho é repetido várias vezes na música.

Ouvindo "Psychoterapy", ah, vocês sabem de quem.

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