PIC-NIC
Formada no Rio em 2001, a banda PIC-NIC faz um pop rock de primeira.
Ingrid (vocal e guitarra); Paulinho (guitarra); Miguel (guitarra); Vitor (bateria); e, Chokito (baixo) formam uma banda divertida e interessante, direta e objetiva, enfim, uma banda rock and roll com potencial para atingir um puta público.
Talento eles têm...
Confiram.
E são muito gente boa e conversaram com 4 Acordes... leiam abaixo:
Pergunta: Como tudo começou e quais as influências da Pic-Nic?
Ingrid: Começou em novembro de 2001, quando o Vitinho (baterista) chamou eu e o Paulinho para fazermos um som. Daí foi só chamar o Chokito, que já tinha tocado com eles 2 na banda Oh! Valerie, e o Pic-Nic tava formado. Ensaiamos direto na casa do Paulinho, e um ano depois o Miguel entrou - se bem que desde o início ele já participava: nos 2 primeiros shows do Pic-Nic ele tocou guitarra sem saber direito as músicas, só fazendo firula!
P: Aqui em SP as rádios são péssimas. As músicas são sempre as mesmas e o esquema é sempre o mesmo, enfim, nada acontece. A tradicional Brasil 2000 é uma exceção, pois veio recentemente com uma nova direção, apostando em rock de extremo bom gosto, misturando New York Dolls; New Order; Echo and The Bunnymen; White Stripes, enfim, só biscoitos finos em uma mesma seqüência. Qual a perspectiva de uma banda nova chegar à uma rádio? É esse o objetivo, não?
Ingrid: Sim, esse é o meu objetivo, pelo menos. Perspectivas? Cara, espero que o underground continue neste ritmo bom; correndo atrás, todo mundo dando seu sangue... desse jeito a coisa rola. O que sinto é que daqui a um tempo ninguém mais vai poder ignorar as milhares de bandas que estão rolando por aí nos botecos da vida, com seus CDzinhos, como o Pic-Nic por exemplo. Acho que vai rolar de tocar em rádio, sim, fazer programa na TV, ganhar grana e etc para todo mundo que corre atrás e faz boa música.
P: A internet É o canal para as bandas novas? E depois que elas ficam famosas? O que você acha das trocas e downloads, enfim da "facilidade" digital?
Ingrid: Sim, é um dos canais mais importantes, junto com os zines impressos e as rádios universitárias. Depois que as bandas ficarem famosas eu não sei, espero poder chegar lá para te contar! Mas creio que não teria problemas com esse lance de Mp3 e músicas de graça, acho o maior barato quando alguém copia o CD do Pic-Nic para os amigos. Não ganho nada com isso mas só me interessa que há mais pessoas nos conhecendo. Afinal, meu objetivo é conquistar o mundo, hahahah!!!
P: Aqui em Sampa reclama-se da falta de espaço para as bandas "alternativas" e/ou "fora do mainstream". No Rio a coisa é diferente? A impressão que eu tenho é que há muito mais bandas novas surgindo fora daqui. Você que troca contatos com uma porrada de bandas pelo Brasil, concorda?
Ingrid: Para dizer a verdade acho que em SP há muuuuito mais público de rock, vejo uma galera mais curiosa por aí, vejo shows pequenos lotados e mais bares e boates com espaço para bandas. Também pude comprovar que aí é normal pagarem cachê para as bandas, o que aqui no RJ não vejo acontecer há bastante tempo. Aqui no RJ realmente tem uma banda melhor que a outra, mas pelo que estou vendo o Brasil todo neste aspecto está muito bem servido, graças a Deus. Bandas novas estão surgindo a cada dia em todo o território nacional.
P: Vocalistas garotas são mais rock and roll (hehe)?
Ingrid: Hahaha! Não, não mesmo. Homens e mulheres estão em pé de igualdade. Acho até que entre os homens rola menos poserismo, mulher tem muito dessa bobeira de fazer show de saia curtinha e tirar foto com a guitarra para mostrar para todos que sabe tocar, enquanto homem muitas vezes tá cagando para visual e dá banho na hora de tocar nas mulheres.
P: Que bandas (nacionais e gringas) você ouve e qual A banda do ano?
Ingrid: Ouço Blind Melon, Black Oak Arkansas, Slade, Weezer, Secos & Molhados, Thin Lizzy, etc etc... Banda do Ano? Vai para o Go!, banda de surf music instrumental daqui do RJ, que tá na ativa há uns 4 anos e merece ser ouvida pelo Brasil todo.
É isso aí...
Ouvindo Ano Novo, muito boa, de Pic-Nic
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