22.2.07


DISCOS DE VINIL OU O RETORNO DOS MORTOS VIVOS


Então de acordo com a Folha de São Paulo do dia 20 (leia http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u68641.shtml"> AQUI), o cd (sem tanto exagero, claro) está indo pro saco e o vinil - ele mesmo, o bom e velho elepê - é (pode ser) o futuro da indústria contra os downloads e tals.

Acho legal, bacana, muito bonito e AMO DISCOS DE VINIL.

No entanto, me pergunto e taco um foguinho aqui, já que não consegui resposta a algumas indagações minhas. Vamos lá:

1. Se um moleque acha que música é coisa virtual, sem rosto (não, eles realmente não ligam para capas, fotos, informações e afins), então como incutir na cabeça da rapaziada imberbe que nem era nascida quando Kurt Cobain gravou Nevermind, que um trambolho de um LP pode ser legal?

2. se eles têm um Ipod menor que os seus maços de cigarro (putz, esqueci que estes moleques malas nem fumam mais), aonde cabem uns 200 discos e umas 40 mil canções, então, pq eles iriam comprar vinis com lado A, lado B e coisa e tal?

Enfim, acho muito pouco provável que a molecada tenha saco para isso, para este ritual de comprar um LP, levar o dito cujo para casa, sentar na frente de uma vitrola e ouvir a parada até o fim.

Vai acabar virando coisa de velho, daqueles que sentam confortáveis em frente ao som tomando uísque e ouvindo Stones (hábito que eu curto, admito, mas óbvio que NÃO com Stones).

E cá para nós, se comprar discos e ouvir rock virar coisa de velho tipo aqueles bestas que ouvem jazz e acham legal, aí meus chapas, o futuro pop será tão cruel como aquele retratado no brilhante e sábio filme MAD MAX...

Ouvindo Death of a Disco Dancer, quem sabe, de The Smiths



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