17.11.03



ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

Abaixo, vocês terão o desprazer de ler alguns trechos de um articulista da Folha sobre um livro lançado aí e que está dissecando e analisando as letras e a poesia do baiano Caetano Veloso.

Será que eu sou burro, pois jamais enxerguei a genialidade desse "maravilhoso" e "bestial" artista baiano?

"...Os momentos de virtuosismo são tantos que, à maneira do próprio livro, se poderia falar em categorias. Sem muito rigor: virtuosismo da forma, no plano da frase --"A carne, a arte arde, a tarde cai" (onde o "c" de "carne" viaja até o "cai" e "arte" + "arde" = "tarde")-- e no da estrutura (veja-se a variação do refrão de "Gente"; ou, no extremo oposto, as repetições imutáveis do "Tempo Tempo Tempo Tempo").
...
Virtuosismo do vocabulário: "desentristecer", "orgasmaravalha-me"; de imagens: "Onde queres revólver, sou coqueiro", e de idéias: "A verdade é seu dom de iludir"; "alma tranquila de dor".
...
Virtuosismo da sintaxe: "E éramos olharmo-nos intacta retina"; das rimas: "Tranquilo e infalível como Bruce Lee/ Virá que eu vi", ou a sequência "néon/som/Hebron/tom", diferenciando "on" e "om"; virtuosismo dos jogos de palavra: "Ele já tem a alma saturada de poesia, soul e rock'n'roll", onde a alma se satura de "soul"; e das citações: "Como a própria perfeição da rima para amor", que naturalmente é "dor" e alude ao refrão "pra que rimar amor e dor?" de Monsueto Menezes, que o próprio Caetano gravou para ninguém nunca mais esquecer."

A pérola acima é todinha do articulista Arthur Nestrovski.

Depois me querem de bom humor...

Ouvindo É Assim Que Me Querem, o ócio mata as pessoas, de Ira!

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