31.3.04
Seattle, Manchester, Detroit... invejável como algumas cidades se sobressaem como ricos celeiros musicais. Pessoalmente acredito que isso se deve a união de fatores como miscigenação, juventude inquieta e algumas doses de tédio e boas drogas.
E a industrial e decadente Detroit, terra do rock e do tecno, é o cenário de origem também de uma das mais divertidas e interessantes bandas que conheci nos últimos tempos: errou quem pensou em White Stripes. Estou falando é dos DETROIT COBRAS.
Em um cenário onde novas bandas fazem novas músicas soarem idênticas a velhas bandas, os Detroit Cobras trilham um caminho inverso e fazem velhas músicas soarem algo novo e inusitado. Covers (isso mesmo, os DC são uma "banda cover") de antigos e obscuros r&bs, gospels e souls vestidos com uma nova, enérgica e sexy roupagem. Uma inimaginável jam session entre Nina Simone e Stooges. E tudo isso é conseguido através das precisas guitarras de Steve Shaw, Maribel Restrep, à ágil batera de Damian Lang e à potente voz de Rachel Nagy, a loirinha que te enganou e te fez acreditar que se tratava de uma negona de Louisianna nos vocais.
Mink Rat or Rabbit (98), Love, Life and Leaving (2001), e Seven Easy Pieces (2003) são os três excelentes álbuns lançados pela banda. Recomendo que se baixe todos eles. Os dois primeiros são mais crus e "punkinhos" e o último, com 7 faixas e 19 minutos, apesar de um pouco mais lento, mais soul e mais blues, não deixa de ser delicioso e perfeito pra deixar no repeat.
Famosa por se superar nas apresentações ao vivo, me parece um nome perfeito pro TIM Festival. Ouçam e engrossem a torcida.
Ouvindo Shirley Ellis (falecida já?) e a deliciosa "The Name Game"
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