29.8.03
LUISA MANDOU UM BEIJO
A banda é do Rio de Janeiro e é uma das mais bacanas do Brasil. Indie, pop, rock, bossa, enfim, uma mistura deliciosa e sofisticada, colocada à disposição de todos nós, apaixonados por boa música. Flávia (vocal); Fernando (guitarras); PP (guitarras); PC (baixo); Shockbrou (trompete); Luciano (bateria); e, Andrezinho (flauta) são LUISA MANDOU UM BEIJO . E são bons, muito bons...
E o Fernando, que é um cara bacana e gentil (e que, nas horas vagas, também escreve na sua interessante MÁQUINA DE ESCREVER , falou conosco via e-mail. O resultado? Segue abaixo. Aproveitem e, para o bem dos seus cansados ouvidos, ouçam LUISA MANDOU UM BEIJO... é sensacional...
Pergunta: Luisa Mandou Um Beijo... belo nome para uma banda. Idéia de quem?
Resposta: Foi minha. É um nome que conota idéias como saudade, distância, universo feminino etc. E, ao dar um nome próprio, você insere uma cor a mais, um gosto, um cheiro. É quase como se você adjetivasse a frase, apesar de "Luisa" ser um substantivo. Ah, e não se trata de nenhuma homenagem a alguma Luisa que eu conheça. (Foi difícil explicar isso pra minha esposa...)
P: Guitarras distorcidas, flautas, trompetes, letras em português e a adorável voz feminina da Flávia... quais são as influências sonoras da Luisa para a criação desse delicioso caldeirão sonoro?
R: Eu curto muito indie rock (Pavement, Belle & Sebastian), além de Mutantes e também sambistas antigos, como Cartola. A Flávia gosta muito de MPB. O Shockbrou de jazz e ska. O PC de rock anos 70. O Luciano de rock em geral e música eletrônica. E o PP de indie rock e Elvis. Um caldeirão mesmo, né? Relendo esse parágrafo me parece um milagre que nosso som faça algum sentido. rs
P: Bossa nova, indie, rock, pop, os rótulos te incomodam? Você teme que a Luisa vire apenas uma cult band?
R: Pelo contrário. Adoro rótulos. Talvez seja porque sou jornalista. Para mim a Luisa faz indiepop. Quanto à Luisa virar uma cult band: putz, é tudo que eu sonhava! (risos). Claro que se pudermos um dia viver de música seria legal, mas já ficaria muito satisfeito com o rótulo de "cult band" (risos)
P: Vocês são do Rio de Janeiro. O show da banda em São Paulo no centro Cultural no ano passado repercutiu muito bem por estas bandas. Há uma grande diferença entre esses dois cenários?
R: Acho que em Sampa o público é maior. E também mais empolgado. Aqui no Rio tem menos gente e as pessoas vão menos a shows. É a impressão que eu tenho, mas posso estar errado.
P: O que você anda ouvindo atualmente?
R: Baden Powell, Cartola, Pelvs, Broken Social Scene (maravilhosa essa banda!!) e alguns mp3s do Ignacio, um amigo argentino que tem uns projetos de indie rock bem legais.
P: É impossível falar de bandas novas (nacionais principalmente) sem citar a internet. Aliás, a Luisa soube muito bem aproveitar esse espaço. Como é possível (se é que é possível) tirar proveito da rapidez e praticidade e se tornar conhecido através desse veículo?
R: Primeiro você tem que pôr um site no ar. É um ponto de referência, um centro de informações sobre a banda acessível por qualquer pessoa no mundo. Depois, tem que disponibilizar as músicas em mp3 em algum lugar. Mas a Internet só não basta. É preciso correr atrás de shows, mandar cds pra imprensa etc. As ações no mundo "real" impulsionam a procura pela banda na Internet e vice-versa. Acho que uma coisa não vive mais sem a outra. Curiosidade: alcançamos esse mês a marca de 5 mil downloads no MP3.COM !
P: Planos para o futuro? Shows em São Paulo? O álbum completo, finalmente vai sair? Com alguma mudança no som que já estamos acostumados?
R: Estamos aguardando novos convites pra tocar em Sampa. Já nos sondaram para Funhouse e para tocar de novo no CCSP, mas nada concreto. Quanto ao álbum, ainda tenho esperança de que saia este ano, mas tudo depende da velocidade do Luciano, nosso baterista e produtor, em terminar a mixagem e masterização. Ele anda muito ocupado porque está trabalhando na produtora do Dado Villa-Lobos. Mas acho que até dezembro o disco será lançado... A principal diferença é que todas músicas estão com arranjos de flauta e trompete. E estão bem gravadas (ao contrário do cd demo e do EP!). Nós já disponibilizamos na Internet duas faixas que estarão nesse cd: "Amarelinha" e "Bauhaus Today". Ouvindo-as dá pra ter uma idéia das mudanças, especialmente quando se compara com as versões do cd demo. Os arranjos de guitarra, os baixos e as baterias estão mais elaborados.
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