17.1.03


QUANDO O INFERNO É O MELHOR LUGAR PARA SE ESTAR NO UNIVERSO (e você se torna tão importante quanto o capeta...)

I belong to the blank generation and
I can take it or leave it each time
I belong to the ______ generation but
I can take it or leave it each time

(BLANK GENERATION, RICHARD HELL)



Imagine lendas do rock. Lendas que importam e lendas de um rock que realmente importa, tocado com, no máximo, 4 acordes. Imagine Dee Dee Ramone, Johnny Thunders, Patti Smith, Joey Ramone, Stiv Bators, Johnny Rotten, Sid Vicious, Joe Strummer, Paul Simonon, Tom Verlaine e tantas outras figuras...imaginou? Imagine agora o que deveria ser a cena punk do final dos anos setenta, com todas essas pessoas acima citadas. O que você faria para se destacar no meio de tanta gente bacana? Simples, bastaria ser cool prá cacete, bastaria ser esperto pacas, bastaria escrever letras inteligentes, bastaria tocar baixo como se não houvesse amanhã, bastaria usar óculos escuros em esfumaçados shows para dez pessoas, bastaria ser RICHARD HELL...um mito.

Nascido Richard Meyers, em 1949, nos Estados Unidos, Richard Hell foi uma figuras mais importantes do punk norte-americano dos anos setenta. Membro da formação original do TELEVISION, Hell logo se desentendeu com a banda e partiu para um novo grupo (em 1976) com Johnny Thunders e Jerry Nolan (ambos ex-New York Dolls) chamado THE HEARTBREAKERS. Após uma porrada de shows antológicos em Nova York, Hell mais uma vez largou tudo para montar seu próprio projeto, chamado RICHARD HELL AND THE VOIDOIDS. Em 1977 lançam o SENSACIONAL Blank Generation, com as pérolas Blank Generation, Love Comes in Spurts e New Pleasure. O estrago foi feito de vez...melodias furiosas, letras espertas, puro rock´n´roll e diversão, tornaram esse, um dos discos mais bacanas de rock de todos os tempos

Nos anos oitenta, Hell ainda lançou algumas coisas solo, porém passou a dedicar cada vez mais do seu tempo à literatura e ao desenho. Porém, isso pouco importa, por tudo o que fez nos anos setenta, Richard Hell entrou, sem dúvida, no inferno da cena rocker, e se tornou uma das partes mais importantes dela.

Ouvindo Love Comes in Spurts...definitivamente...

Nenhum comentário: