27.2.03
MASSIVE ATTACK
Robert Del Naja, da soberba, divina, bacana e cool banda Massive Attack, foi preso na Inglaterra sob a acusação de pedofilia...curiosa essa prisão acontecer depois de o Massive Attack estar liderando movimentos artísticos contra a porra da guerra que o Bush quer promover...óbvio que o cara não é pedófilo...óbvio. E ninguém nesse blog vai dizer o contrário, não é mesmo folks?
Ouvindo Unfinished Sympathy, de Massive Attack
HEY E A ENQUETE?
A enquete Tem bandas que gravam uma música boa em toda a vida. Tem bandas que gravam somente UM disco inteiro QUE PRESTA em toda a sua carreira. Então, qual o ÚNICO DISCO DE CARREIRA mais importante da história do rock? acabou. Quer saber o resultado? Foi esse:
1) Pet Sounds (Beach Boys/1966)
25,58% (22 votos)
2) Never Mind the Bollocks (Sex Pistols/1977)
19,77% (17 votos)
3) Suede (Suede/1993)
18,60% (16 votos)
4) Led Zeppelin III (Led Zeppelin/1970)
12,79% (11 votos)
5) Ten (Pearl Jam/1991)
10,47% (9 votos)
6) Is This It? (The Strokes/2001)
6,98% (6 votos)
7) Exile on Main Street (Rolling Stones/1972)
5,81% (5 votos)
8) The Datsuns (The Datsuns/2002)
0% (nenhum voto)
Fiquei decepcionadíssimo com The Datsuns...vcs não ouviram esse disco não? É SENSACIONAL...e ao menos Beach Boys ganharam alguma coisa, não?
Ouvindo Hoochie Mama, de The Datsuns
ENTÃO SÓ OS ANOS SESSENTA FORAM BONS?
Então vamos lá, aleatoriamente, pegar um ano qualquer da década de noventa: 1995, por exemplo. Pode ser? Olha o que lançaram em 1995:
- I Should Coco (Supergrass)
- The Bends (Radiohead)
- Great Escape (Blur)
- A Northern Soul (The Verve)
- Grand Prix (Teenage Fanclub)
- (What´s the Story) Morning Glory (Oasis)
- Different Class (Pulp)
- Mobile Safari (The Pastels)
- Olympian (Gene)
- Penthouse (Luna)
- Garbage (Garbage)
- Mellon Collie and the Infinite Sadness (Smashing Pumpkins)
...isso sem contar que nesse ano saíram os primeiros singles de gente espetacular como Mansun, Placebo, Ash, etc. e etc...
Bem, anos bons no rock existem aos montes, não é mesmo? E com muito menos cheiro de mofo...
Ouvindo Going Blind, de The Go-Betweens
26.2.03
BACK TO THE PAST
Picareta, SENSACIONAL seu post. Eu sou obrigado a concordar que você desenterrou álbuns maravilhosos. Realmente eles demonstram a grandeza daquele ano absolutamente rock´n´roll...mas existem outros anos depois de 1969 (e não estou falando de 1977, por exemplo) e você sabe disso...e esses anos existem mesmo na década de noventa...espera um pouquinho que eu já te lembro deles...
Mas, de qualquer forma, very well Mr. guitar man...enfim concordamos em algo...
Ouvindo 1979, de Smashing Pumpkins
Picareta, SENSACIONAL seu post. Eu sou obrigado a concordar que você desenterrou álbuns maravilhosos. Realmente eles demonstram a grandeza daquele ano absolutamente rock´n´roll...mas existem outros anos depois de 1969 (e não estou falando de 1977, por exemplo) e você sabe disso...e esses anos existem mesmo na década de noventa...espera um pouquinho que eu já te lembro deles...
Mas, de qualquer forma, very well Mr. guitar man...enfim concordamos em algo...
Ouvindo 1979, de Smashing Pumpkins
25.2.03
24.2.03
SENSACIONAL
O bacana blog FAITHLESS LIFE , que leio sempre, do nosso amigo InFidel, gerou essa sensacional versão, a qual não pude deixar passar em branco...muito boa...genial, eu diria...
"JÁ SEI PLAGIAR
Já sei plagiar
Já sei roubar um hit agora só me falta gravar
Já sei embromar
Já sei quem copiar e nunca falta quem iludir
(refrão)
Não tenho paciência pra composição
Ninguém vai perceber que é tudo enganação
Eu finjo tão bem
Tiro onda de vanguarda e faturo algum também
Eu finjo tão bem
Pose de "muderninho" dá talento a quem não o tem
Já sei imitar
Eu mudo o andamento e ninguém vai reparar
Só na introdução
Infrinjo o copyright e digo que é citação
Eu tô vendendo
Como ninguém
Eu tô querendo
O prêmio que vier
Eu tô vendendo
Sei me dar bem
Engano trouxas
Com savoir-faire"
Ouvindo nada, só rindo...
QUEIMANDO TUDO ATÉ A ÚLTIMA PONTA
Eu deixei passar essa...
O incêndio no show da banda de heavy metal Great White, que matou dezenas nos Estados Unidos na semana passada, é a prova cabal e definitiva de que o Heavy Metal não deve voltar (conforme pregam alguns, inclusive nesse site...)
Ouvindo O Inferno é Fogo, de Lobão
SHAKE YOUR ASS BABE
Os fãs da bacana (no bom sentido) cantora australiana Kylie Minogue, fizeram um manifesto, solicitando que a mesma cubra o seu traseiro, que acabou se tornando mais importante do que a sua música.
Eu ficarei decepcionado se a nossa querida Kylie fizer isso...
Ouvindo a Dona do Primeiro Andar, de Originais do Samba
GRAMMY
O Grammy foi ontem é? Então, não li direito, não sei quem ganhou direito (parece que foi a fofinha e simpática Norah Jones), pouco me importa...apenas soube que Bruce Springsteen, Little Steven, Dave Grohl e Elvis Costello tocaram juntos London Calling no palco, em suposta homenagem à Joe Strummer...sei que têm leitores que apreciam o péssimo trabalho do Ronald Reagan do rock, o ridículo Bruce Springsteen, mas o que tenho a dizer é que fico muito chateado com esses aproveitadores...nenhum dos SUJEITOS ACIMA CITADOS TÊM AS MÍNIMAS CONDIÇÕES ARTÍSTICAS E CONCEITUAIS DE TOCAR LONDON CALLING, seja a que título for...sinto muito...
Ouvindo Rape Me, de Nirvana
21.2.03
ELES VÃO APRONTAR...
O homem mais cool do planeta, Jack White, guitar do White Stripes escreveu no site oficial da banda que o novo álbum terá SEIS CAPAS diferentes, desenhadas pelo próprio "Eu dividi o mundo em três partes verticais. Existirão seis capas. Uma para o vinil e outra para o CD em cada uma das partes do mundo. Dessa forma, eu e Meg saberemos onde você conseguiu a sua cópia." Não é genial?
E ele vai além, falando sobre o vazamento do álbum na net... "Estou muito triste com alguns de vocês, por abrirem seus presentes de Natal antes da hora. Vocês não podem esperar? Nós queremos que vocês o recebam no momento em que escolhemos. É injusto que alguns experimentem o gosto e confundam os outros antes que eles possam ter sua própria chance, mas o diabo está trabalhando aqui e vocês pagarão por sua impaciência."
Cara, não sei não, mas acho que vai vir um álbum bem diferente por aí, na MAIOR JOGADA DE MARKETING DO UNIVERSO...
Ouvindo Wait Until Tomorrow, de Jimy Hendrix
DISSECANDO OS STONES
Então por meio de um critério absolutamente pessoal, eu resolvi dissecar a discografia dos Stones. Posso? Eu não sou ninguém para fazer isso, mas achei bem relevante, no meio de tanta gente indignada com o que eu ando escrevendo. Lembrem-se, são critérios pessoais. Espero que concordem. Se não concordarem, beleza, tá valendo do mesmo jeito...ah, eu deixei de lado coletâneas e discos ao vivo...
· The Rolling Stones (1964) – 12 x 5 (1964) – The Rolling Stones No 2 (1965) – The Rolling Stones Now (1965) - Out Of Our Heads (1965) - December's Children And (Everybody's Children) (1965) - covers, covers e covers, misturas, blues, rock´n´roll básico, inexperiência, discos com algumas músicas bacanas (Time is on my Side, Satcisfaction, Get Off of My Cloud etc.), mas, no geral, são apenas médios.
· Aftermath (1966) – aqui a coisa fica bonita. Lindo de morrer e absolutamente rock´n´roll. Brian Jones manda no disco (apesar das composições Jagger e Richards) e o resultado é fabuloso. Só é imperdoável a inclusão de Lady Jane, uma música absolutamente dispensável...
· Between The Buttons (1967) – Fraquíssimo. Um retrocesso ao brilhante Aftermath. Esqueçam...
· Their Satanic Majesties Request (1967) – Uma espécie de Sgt. Pepper´s equivocadíssimo. Bom, mas nem tanto, se comparado a tudo o que se lançou naquele ano.
· Beggar's Banquet (1968) – Se existe um disco dos Stones que se aproxima da grandeza de Exile on Main Street, esse disco é, definitivamente, Beggar´s Banquet. Sympathy For The Devil, Street Fighting Man, No Expectations dispensam comentários. É, talvez eu deva considerar esse um segundo disco brilhante dos Stones e retira-los da enquete...
· Let It Bleed (1969) – Mezzo Brian Jones, mezzo Mick Taylor. Não gosto dessa substituição inicial. Acho confuso, apesar de boas canções.
· Sticky Fingers (1971) – Marcou o que seriam os Stones setentistas. É um disco tão junkie que acaba cansando.
· Exile On Main Street (1972) – Lindo, maravilhoso e brilhante. Junto com Aftermath e Beggar´s Banquet, forma a espinha dorsal da obra dos Stones. Mick Taylor nunca acertou a mão como nesse disco (nem antes nem depois). Tem rock´n´roll nele. Muito rock´n´roll. Tem blues, country, hard rock e tudo o que importa, de uma maneira nada vulgar. Brilhante. Brilhante.
· Goat's Head Soup (1973) – É inacreditável que uma banda lance um disco genial e, na seqüência, uma porra de um álbum chato e maçante e sem brilho. Início do fim... e Angie é chatérrima.
· It's Only Rock N' Roll (1974) – Nada bom. Pastiche do que já vinham fazendo desde o final dos sessenta. Talvez em razão das brigas e da saída de Mick Taylor.
· Black And Blue (1976) – Foi o primeiro álbum inteiro que eu ouvi dos Stones em toda a minha vida. Acho bárbaro e absolutamente diferente. Eles me parecem sem compromisso. Tocam soltos e à vontade. Adoro esse álbum. Mas tem Memory Motel, uma das músicas mais chatas dos Stones (tá, mas em compensação tem a melhor balada de todos os tempos, Fool to Cry). Fica no empate.
· Some Girls (1978) – discoteca fuleira dos Stones. Esqueça.
· Emotional Rescue (1980) – Chato. Chato demais.
· Tattoo You (1981) – O último grande álbum. Uma volta ao passado, mas com culhões. Rock´n´roll cru. Coisa que os Stones sabem fazer quando tem vontade. E nunca mais tiveram depois disso.
· Undercover (1983) – horroroso. Só o fã mais enlouquecido gosta disso.
· Dirty Work (1986) – Nunca ouvi inteiro. Nem quero...
· Steel Wheels (1989) – Nada de novo. A mesma repetição dos anos oitenta.
· Voodoo Lounge (1994) – Tentando atualizar o som, mas sem brilho. A turnê foi boa. Só...
· Bridges Of Babylon (1997) – Desconheço qualquer música desse álbum. Nunca tive interesse.
Ouvindo Beatles and Stones, de House of Love
I SHOULD BE SO LUCKY
O sujeito acima é nosso querido amigo Justin Timberlake, o sujeito que fazia parte do NSync, agora cool, em cena com a divina Kylie Minogue no prêmio British Awards, interpretando o clássico do Blondie, Rapture...preciso dizer que o cara é um sujeito de sorte? Muita sorte?
Ouvindo Touch Me, de The Doors
BRITISH AWARDS
…e o prêmio foi para:
Melhor Cantor - Robbie Williams;
Melhor Cantora - Ms Dynamite;
Melhor Grupo - Coldplay;
Revelação - Will Young;
Melhor Álbum - Coldplay - A Rush of Blood to the Head;
Melhor Single - Liberty X - 'Just a Little';
Melhor Cantor Não Britânico - Eminem;
Melhor Cantora Não Britânica - Pink;
Melhor Grupo Não Britânico - Red Hot Chili Peppers;
Melhor Álbum Não Britânico - Eminem - The Eminem Show;
Revelação Não Britânica - Norah Jones;
Contribuição para Música - Tom Jones.
Ouvindo Don´t Call Me Nigger, Whitey, de Sly and the Family Stone
SATRIANI NO BRASIL
Joe Satriani e Silverchair no Brasil...em março ou abril.
Quanto ao Silverchair não tem nem o que falar, haja vista a irrelevância total da banda. Quanto ao segundo, alguém, em pleno século 21, ainda quer escutar o babaca se masturbando na guitarra daquela forma histérica??? Podiam chamar os Tribalistas para o show de abertura...
Ouvindo Caught With The Meat in Your Mouth, de Dead Boys
AINDA WHITE STRIPES
Então foi antecipado o lançamento de Elephant, o novo álbum dos White Stripes, em razão da louca procura na net. Já pensaram se a dupla for tão genial a ponto de lançar um outro disco, com músicas diferentes? Seria a melhor jogada de marketing do planeta...sem dúvida.
Ouvindo The Great Rock´n´Roll Swindle, de Sex Pistols
BLUR
Alguém aí ainda se importa com o Blur sem o Graham Coxon? Pois é, de qualquer forma os caras vão lanbçar o novo álbum em março, chamado Think Tank. Quer saber a lista das músicas? É essa...
Ambulance
Out Of Time
Crazy Beat
Good Song
On The Way To The Club
Brothers And Sisters
Caravan
We've Got A File On You
Moroccan Peoples Revolutionary Bowls Club
Sweet Song
Jets
Gene By Gene
Battery In Your Leg
My White Noise (hidden track)
Não sei se vem coisa boa por aí...
Ouvindo I Don´t Know What to do With Myself, de Buzzcocks
20.2.03
O PLÁGIO TRIBALISTA
Está rolando na net uma discussão interessante. Teriam os Tribalistas plagiado a canção Family Affair de Sly and the Family Stone para compor a chatérrima Já Sei Namorar?
Eu ouvi a Family Affair e não achei parecida. E você leitor? Acha que houve plágio?
Ouvindo Taj Mahal, de Jorge Ben
PRAZERES BEM CONHECIDOS...
"Existence... well, what does it matter?
I exist on the best terms I can
the past is now part of my future
the present is well out of hand"
(Heart and Soul, 1980)
A primeira banda que eu efetivamente amei na vida foi Joy Division. Foi a primeira banda que teve a honra de enfeitar a parede do meu quarto através de um pôster, nos longínquos anos oitenta (aliás Picareta meu caro, pôster encartado numa edição da NME). Tá, eu sei que isso não significa nada para vocês, mas o que eu quero efetivamente dizer é que Joy Division foi uma banda simplesmente divina. Somente isso.
Surgida na cidade britânica de Manchester, em 1977, na esteira da poeira levantada pelo movimento punk, a banda tinha Ian Curtis nos vocais, Bernard Albrecht nas guitarras, Peter Hook no baixo e Stephen Morris na bateria.
No começo se chamavam Warsawa e faziam um som talentoso, objetivo, agoniante, cru e direto. Depois, mudaram o nome para Joy Division e ressaltaram as letras espertas e incomuns do vocalista Ian Curtis, que logo fizeram o grupo se destacar da massa de bandas surgidas na época.
O primeiro disco Unknown Pleasures foi lançado em 1979 e já mostrava um Joy Division um pouco diferente do seu começo, mais climatizado e adaptado às letras brilhantes de Curtis. Quem ouve e não tem vontade de dançar freneticamente a maravilhosa faixa de abertura do álbum, Disorder, só pode ser uma pessoa completamente insensível ao rock´n´roll, que não merece o dom da vida.
O fato é que a banda começou a fazer mais e mais shows e ganhar a atenção da mídia musical britânica. São famosos os shows da banda em que Ian Curtis dançava histericamente, em uma espécie de ritual. No muito bom livro Touching from a Distance, lançado em 1995 por sua esposa Deborah Curtis, a mesma esclarece que a dança em questão nada mais era do que uma brincadeira particular, na qual Curtis apenas imitava os movimentos de um epiléptico em surto, doença que o acometia desde sempre.
Em 1980 entraram em estúdio e gravaram o segundo álbum, o sombrio e denso e atormentado e maravilhoso Closer. Entretanto, o álbum só chegou ao mercado em julho de 1980, ou seja, dois meses após Ian Curtis ter cometido suicídio na sua casa (deixando mulher e um filho de um ano) e dois meses após o Joy Division não mais existir.
O resto do grupo, bem, o resto do grupo se tornou o New Order, nunca mais tocou qualquer canção do Joy Division e a história vocês conhecem bem...muito bem...
"Existência... bem, o que importa ela?
eu existo da melhor maneira que posso
o passado faz agora parte do meu futuro
o presente está totalmente fora de controle"
(Heart and Soul, 1980)
Ouvindo Ceremony, de New Order
CRETIN HOP
Eu assisti a um trecho do Jack Ass da MTV...não tenho palavras para descrever o quão imbecil e cretino é o programa...depois a mtv reclama que não tem audiência, passa esse lixo, aquele outro com a família do Ozzy, aquele mais um dos caras numa casa de praia...francamente...
Ouvindo A Message to You Rudy, de Specials
18.2.03
AC DC VERSÃO ESMALTE
Imagine um bando de garotas bacanas montando uma banda cover de um dos conjuntos mais toscos de todos os tempos. O resultado? AC-DSHE...bem, pelo menos elas são bem mais bonitas que o debilitado Angus Young...
Quer conferir? CLICA AQUI, BABE e depois leia A REVISTA ZERO, FONTE DESSA PÉROLA...
Ouvindo I Like Fucking, de Bratmobile
17.2.03
BEACH BOYS
Picareta, percebo que vc anda bem entusiasmado com os Beach Boys...aproveitando a ocasião eu pergunto a você e a todos os leitores: Não é muito barulho por uma banda que só lançou um disco em toda a carreira (Pet Sounds)? Ainda que genial, os caras têm que parar de viver desse álbum, não?
Ouvindo Surfe é o que Eu Sei, de Juba e Lula
WHITE STRIPES…(COMO CONQUISTAR O MUNDO COM UMA GUITARRA, UMA BATERIA E MUITA, MAS MUITA GENIALIDADE)
Então prezados amigos, eu finalmente baixei e escutei o cd Elephant, que será lançado pelos maravilhosos The White Stripes no começo de abril. Eu ESCUTEI o disco e agora posso dar minha opinião. E sabem qual é a minha opinião? O álbum é FANTÁSTICO...somente isso...
Nada sobra no disco. Nada. Há tempos eu não ouvia um disco tão enxuto, tão objetivo, tão seco e direto, enfim, tão empolgante quanto esse. As guitarras estão perfeitas e coesas, a bateria está deliciosa e violenta, o baixo continua sendo totalmente desnecessário e o resultado é uma fotografia de uma grande banda em um momento muito feliz de sua carreira, concebendo um álbum ainda melhor do que o seu melhor álbum até então, o de estréia chamado The White Stripes, de 1999.
Esqueça o que disseram sobre existir no álbum The Beatles, Iggy Pop, Lou Reed, Nirvana, Dead Kennedy´s e o cacete. Há no disco White Stripes e apenas Jack e Meg White, com o seu soco na cara único e absolutamente inconfundível e isso, meus caros, é mais do que o suficiente para eu ter passado o final de semana com a doce sensação de estar escutando um álbum histórico, fresco, vigoroso, que vai me marcar como poucos, da mesma forma que Nevermind do Nirvana (1991), Definitely Maybe do Oásis (1994) e Ok Computer do Radiohead (1997) (esta última, aliás, perdendo definitivamente para White Stripes o título de maior e melhor banda “indie” do mundo).
É isso aí babies...Elephant...
Ouvindo What the World Needs Now is Love, de Burt Bacharach
NEW MUSICAL EXPRESS
Apenas gostaria de mencionar (em defesa ao bacana semanário NME) que os prêmios abaixo citados foram escolhidos pelos LEITORES e não pelos jornalistas da NME. De qualquer forma, entre tantas barbaridades, como escolher o Ozzy e o Ryan Adams, fico feliz com o justo prêmio concedido a Joe Strummer de GÊNIO DIVINO, bem como com a eleição do Jack White como o HOMEM MAIS COOL DO PLANETA...
Ouvindo It´s a Mistake, de Men at Work
14.2.03
TRASH 80´S
Para quem queria saber mais...basta ler a coluna do CAMILO ROCHA ...
Ouvindo Será que o King Kon é Macaca?, de Gang 90 e as Absurdettes
O GRAMMY ME DÁ NÁUSEAS
Eu sei que é uma droga ficar falando sobre coisas chatas. Vocês queridos, não merecem isso. Mas é que fica difícil, a partir do momento em que você percebe as barbaridades que acontecem por aí. Acabo de saber que o Grammy Awards, aquela bobagem praticada pela indústria fonográfica norte-americana, vai homenagear o NADA Maurice Gibb e o DEUS Joe Strummer. Até homenagear o cara dos Bee Gees tudo bem, Grammy, Bee Gees, Eminem, são bobagens e farinha do mesmo saco, simplesmente irrelavantes para a música. Mas, meus caros, homenagear Joe Strummer é um abuso. O Grammy simplesmente NÃO TEM O DIREITO de mencionar Joe Strummer na sua festinha demodé e cafona. Isso porque eles nunca se preocuparam em citar The Clash, nunca se preocuparam em citar Joe Strummer, quando o cara estava vivo e realmente importava. E eu acho lamentável que o façam agora, quando o cara já não está mais aqui.
E o pior, quem irá homenageá-lo com uma canção é Elvis Costello (que já foi do caralho) junto com Bruce Springsteen (um idiota que jamais compôs uma canção audível...). Bruce Springsteen cantando Joe Strummer...é o que me faltava...
É realmente lamentável...é a história do Lúcio de explorarem defuntos...simplesmente enojante...
Ouvindo A SENSACIONAL Paint a Vulgar Picture, cuja letra reflete exatamente o que estou sentindo, de Smiths
2º INDIE DESTAQUE
Já saiu o resultado da votação 2º Indie Destaque 2002, promovida pela SENSACIONAL gravadora Midsummer Madness. Os resultados você pode conferir AQUI , apenas destaco que:
- Nossa querida Flávia Durante ficou em 3º lugar como melhor blog, com seu impagável Blah Blah Blog
- A melhor música indie nacional foi a bem boa Break it Up, do Thee Butchers Orchestra
- O melhor show indie internacional no Brasil foi Mogway (puta banda boa, aliás...)
- O fato indie do ano foi o surgimento das revistas Zero, Frente e Play
Vai lá e confira o resultado todo e aproveite para comprar uns cdzinhos dos caras, que são biscoito fino viu...
Ouvindo Rock Europeu, de Fellini
ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE É ISSO??? . Deus os perdoe...
Ouvindo it´s a shame about you ray, de lemonheads
12.2.03
JÁ QUE CIDADE DE DEUS TOMOU UM "JÁ VAI", IMAGINEM O GALVÃO BUENO TORCENDO PELO CAETANO: NINGUÉM MERECE!!!
Existem dias em que eu realmente acho que falo muito menos mal das pessoas do que eu, efetivamente, gostaria e do que elas, realmente, merecem...basta dar uma olhada nos indicados ao prêmio de melhor canção do OSCAR 2003:
"Burn It Blue", Caetano Veloso e Lyla Downs
"Father and Daughter", Paul Simon
"The Hands That Built America", U2
"I Move On", John Kander e Fred Ebb
"Lose Yourself", de Eminem
Vocês acreditam, de verdade, que qualquer um deles merece qualquer coisa além de uma boa escovada? Sério...Caetano, Paul Simon, Eminem e U2 em uma mesma categoria. Ninguém, absolutamente ninguém, merece isso...
Ouvindo I´m Finding it Harder to be a Gentleman, de White Stripes
RUST NEVER SLEEPS
Em 22 de outubro de 1978, Neil Young estava em turnê e gravou um show que virou o disco RUST NEVER SLEEPS (eu tenho, é um bom disco)...Então, o DVD do tal show saiu agora no Brasil. As músicas boas do cara estão todos lá (não lembro de outras)...para quem gosta é uma boa pedida...
Ouvindo One Step Beyond, de Madness
11.2.03
MEA CULPA (OU... ESCLARECENDO AS COISAS ANTES DE TOMAR PORRADA)
Lúcio você tem razão. Mesmo dando os devidos créditos, eu não deveria simplesmente ter transcrito o texto. Eu deveria ter simplesmente indicado o link a quem estivesse interessado (apenas achei mais fácil fazer da forma como fiz)...como não ando afins de tomar umas bolachadas dos meus colegas de redação, coisa que alguns leitores já vem ameaçando fazer, reformulei o post e agora acho que ficou melhor...
Mas, apenas esclarecendo, eu não falei que o álbum ERA genial, apenas disse que caso as impressões do jornalista estejam corretas, o disco DEVERÁ ser, com certeza, uma dos mais bacanas de 2003...afinal de contas Lúcio, estamos falando de White Stripes...
Bem, espero ter sanado qualquer má impressão...
Abraços e Beijos a todos
Saudações...
Ouvindo Censura, de Plebe Rude
O MELHOR DISCO DO ANO (FÁCIL) VEM AÍ...
Quem lê 4 Acordes é bem informado...e sabe, portanto, que a melhor banda dos dias atuais, a absurdamente sensacional THE WHITE STRIPES, vai lançar em abril seu disco Elephant...
Eu ainda não ouvi, apesar de o dito álbum já estar na net desde o final de semana (Soulseek, cadê você porra....). Assim, se vc quer saber a opinião de quem ouviu (Lúcio Ribeiro), leia AQUI
Se as impressões do escritor estiverem minimamente corretas, Deus meu, o disco vai ser S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L...
Ouvindo Run, Run, Run, de Velvet Underground
COMO TRANSFORMAR O RUÍDO EM UMA DOCE MELODIA
Falando em coisas velhas...
Em meados dos anos oitenta, na minha longínqua época de colégio, lembro bem do dia em que uma amiga me emprestou uma velha fita cassete. Já tinha ouvido falar da banda, mas nunca tinha escutado e não sabia ao certo do que se tratava. Ela disse: “Escuta que é sensacional”. Bem, assim que cheguei em casa eu coloquei o tape para tocar e fiquei simplesmente apaixonado pelo som que começou a sair daquelas velhas caixas de som 3 em 1. Era Jesus and Mary Chain ou a banda que transformou o ruído em melodia...uma doce melodia.
Não há quem negue a influência de Jesus and Mary Chain em todo o rock produzido no final dos anos oitenta, início dos noventa. De Nirvana a Portishead, de Dinosaur Jr. a Daisy Chainsaw, dezenas de bandas beberam na fonte ruidosa e apaixonante criada pelos irmãos escoceses Jim and William Reid. Surgida em 1984 (inclusive contando na sua segunda formação com o excepcional Bobby Gillespie, fundador da MELHOR BANDA DE TODOS OS TEMPOS, Primal Scream), a banda durou exatos quinze anos, dando adeus em 1999 após o lançamento do álbum Munki, no ano anterior. Apesar de ser uma banda espetacular, ela já não era mais necessária. Já havia feito história e ensinado muitos moleques a criarem músicas belíssimas em cima do caos e da destruição melódica...
The Jesus and Mary Chain...ouça Psychocandy (1985), Darklands (1987) e Honey´s Dead (1992)…fundamentais. Sempre.
Ouvindo Cupid Come, de My Bloody Valentine
CARLINHOS BROWN: O MALDITO!!!
Uma hilária síntese da já propagada MALDIÇÃO CARLINHOS BROWN, já tão conhecida dos amantes da música, devidamente "roubada" do SURRA DE PÃO MOLE e do URBANA BLOG
Fatos que não negam o pé frio do sujeito...
- participou do disco "Roots" do Sepultura (a banda rachou).
- casou com uma das filhas do Chico Buarque (o cara se separou da Marieta Severo).
- foi contratado pra ser mestre de cerimônias de uma festa chamada Philips Expression, que nem chegou a acontecer.
- fez uma ponta no filme "Velocidade Máxima 2", que foi fracasso de bilheteria e afundou a carreira da Sandra Bullock.
- foi contratado da gravadora EMI, que passou a cair nas tabelas, sendo obrigada até mesmo a vender o mítico estúdio de Abbey Road.
- foi garoto propaganda daquele Cup Noodles, que é horroroso segundo depoimentos.
- foi parceiro de Herbert Vianna em algumas composições; o que aconteceu com o paralama todo mundo sabe...
- foi chamado pra participar de um show do Sepultura e parou o negócio no meio pra encontrar um moleque que tinha mandado uma carta dizendo que ia se matar.
- ainda sobre o show: um dos participantes desse show foi o então baixista do Metallica, Jason Newsted, que tempos depois foi expulso da banda.
- já em 99 por causa de uma dívida de R$ 65 mil, o Bloco Timbalada, criado por Carlinhos Brown, teve sua falência decretada pelo juiz Angelo Jerônimo e Silva Vita, da 8ª Vara Cível e Comercial de Salvador.
- dizem que uma cópia de seu primeiro disco foi encontrada entre os destroços do carro de Chico Science, que morreu no acidente (talvez Deus exista mesmo).
- agendou um show no DirecTV Music Hall, que reuniu a extraordinária marca de 20 pessoas (o cara é pé-frio até dele mesmo).
- AOL: o maior provedor de acesso à Internet do mundo nunca conseguiu se firmar no Brasil. Além de pegar o trem andando e querer janela, escolheu ninguém menos que Carlinhos Brown para ser garoto propaganda no Brasil.
...é isso aí, e eu ainda incluiria o nome atribuído ao filho da sua parceira, Mano Wladimir...
Ouvindo I Should be So Lucky, de Kylie Minogue
E O DEPARTAMENTO DE RP MANDA AVISAR: MULTIRAMA
Neste mês, a noite Multirama acontece em Campinas, dia 18 de Fevereiro com os ótimos Orestes Prezza. No mesmo bat-lugar, Daktari 70's Bar, Cambuí, Campinas, SP. Discotecagem fica por conta do Delfin e Sylvie Piccolotto.
Ingresso: R$ 5 + 3 de consumação.
Rua Padre Almeida, 214 - Cambuí - Campinas - SP
Telefone: 019 3251-6190
Entrada: $5 na Porta + $3 de Consumação
THE LIBERTINES: THE HYPE OF THE YEAR
The Libertines é uma das bandas mais legais do momento. Cansei de dizer isso. E têm boas idéias também...dá uma lida no pensamento vivo do vocal e líder da banda, Peter Libertine, recusando o HYPE criado pela imprensa em torno da banda...
"Opiniões sobre música deveriam ser formadas no seu estômago. É apenas um sentimento que você tem. Todas as bandas pelas quais eu me apaixonei, eu não sabia como era seu visual ou quando foram formadas. Eu apenas ouvi o som e pensei: Beleza!"
É isso aí! Faça como eu, inclusive. Não deixe o hype te engolir...
Ouvindo The Great Rock´n´Roll Swindle, de Sex Pistols
10.2.03
KELLY KEY
A cantora (cantora?) Kelly Key foi escolhida pelo Ministério da Saúde para ser a garota propaganda de uma campanha contra a Aids. de acordo com a Folha Online "...A escolha da cantora não agradou ao fórum de organizações não-governamentais ligadas ao combate da doença. Para as ONGs, a campanha explora a figura da mulher objeto. Segundo eles, a imagem de Kelly Key é contraditória à luta pela prevenção da Aids".
Alguém deveria criar uma ONG para proibir as demais ongs de emitirem qualquer opinião sobre qualquer assunto...quem eles queriam que fosse a estrela da campanha? Alguma socióloga? O inferno é pouco para algumas pessoas...
Ouvindo Manequim, de Dominó
SÓ ME FALTAVA ESSA...
A MTV vai lançar o Acústico GABRIEL, O PENSADOR...
...e, para não ficar atrás, as gravadoras (nem vou citar nomes, pois gravadoras me cansam...) prometem lançar os novos discos de Engenheiros do Hawaii, Jorge Aragão, LS Jack, Tribo de Jah, Luiz Melodia, Luiza Possi e Vinny, sem contar um álbum em inglês cantado pelo baiano Caetano Veloso, além de um disco tributo aos Secos e Molhados...ai, ai...só me resta torcer para a Coréia do Norte lançar logo a maldita bomba atômica...
Ouvindo I Like Chopin, de Gazebo
DESTRUA VOCÊ MESMO...
E seria um fim de semana absolutamente normal, não fosse o gênio do meu irmão me aparecer no sábado com um convite extra para o show Alter Ego, no Sesc Pompéia, em que a banda punk Inocentes tocaria The Clash e a mitológica banda Cólera tocaria os, não menos mitológicos, Sex Pistols.
É claro que fui. E foi SENSACIONAL...
Devia ter uns quatorze, quinze anos que eu não assistia a um show dessas bandas e a expectativa foi muito grande. Mais pelo passado do que pelo som que as bandas poderiam oferecer naquela noite de sábado tão quente. O Cólera foi a primeira banda punk que eu assisti na minha vida e foi um dos primeiros discos de punk nacional que eu escutei (o célebre disco verde, um registro ao vivo de Ratos de Porão e Cólera no extinto teatro Lira Paulistana).
O Sesc não estava cheio, muito ao contrário, havia muito espaço na choperia para o público dançar e poguear a vontade. Também não era composto somente por idosos saudosos (como eu e meu irmão). Havia uma molecada realmente interessada naquilo tudo, o que me deixou muito feliz (não pela molecada estar ouvindo esse som, mas apenas por saber que eles os têm como referência para algo novo).
Nem preciso dizer que as duas bandas seguraram o repertório de Clash e Sex Pistols com a máxima competência.
O fato é que quando os primeiros acordes começaram, me dei conta de que eu estava absolutamente certo na adolescência, quando acreditava que o rock que importava era apenas aquele que misturava um som objetivo com um punhado de letras provocativas e diretas. Fodam-se as músicas de duzentos acordes, fodam-se os músicos que sabem dedilhar uma guitarra como se fossem músicos eruditos, fodam-se as bandas que são pretensiosas e querem misturar samba com guitarra, fodam-se eles. E viva os garotos e garotas que desprezam Beatles, que acham Stones velhos, que odeiam heavy metal, que acham bandas com mais de um disco, completamente passadas. Esses vão fazer a diferença.
...e, no meio da platéia, eu vi uma garota com uma camiseta dos Dead Boys (lendária banda punk norte-americana dos anos setenta) escrita...
“Dead Boys... lindos,
porém mortos...”
... e sorri sozinho, por perceber que ainda há futuro para o rock´n´roll. Ainda há futuro...
Ouvindo Kick Out the Jams, de MC 5
7.2.03
CROONER DE QUINTA
O ex-vocalista do Van Halen, Sammy Hagar, está negociando com uma gravadora o lançamento de uma coletânea com seus maiores sucessos.
Eu nem imagino aonde ele vai arrumar 15!! músicas. Mal conheço uma que preste. Aliás, ele não foi o vocalista do Van Halen, pois, na minha modesta opinião, o Van Halen só existiu enquanto teve o bacana e classudo DAVE LEE ROTH.
Ouvindo Who Made Who, de Ac Dc
HEAVY METAL
Picareta, me surpreendeu o seu artigo sobre Metal Shop e afins. Principalmente por que eu pensei que NINGUÉM AINDA PRODUZISSE ESSE TIPO DE SOM ANACRÔNICO.
Fiquei realmente surpreso em saber que ainda tem quem pense em Heavy Metal, um gênero tão jurássico como Ska, ou como Twist, por exemplo. É possível alguém AINDA gostar de Metal?
Ouvindo Iron Man, versão Cardigans, muito mais moderna e bonitinha que a original
5.2.03
WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS
O Picareta e o Lúcio (chapas que escrevem...escrevem? comigo este blog) deram um "já vai" tão grande neste que vos escreve...tô me sentindo o Keith Richards...levando a banda nas costas...assim vou começar a descer a lenha sem dó nos ídolos deles como a chata Avril Lavigne e o risível Frank Zappa
Ouvindo Wait and See, de Stiff Little Fingers
4.2.03
...ENQUANTO ISSO, EM NOVA IORQUE...
A lendária casa noturna CBGB vai promover no próximo dia 10 de março (às 23:00hs, caso alguém queira ir) uma festa em homenagem ao DEUS Joe Strummer, morto no final do ano passado. Quem vai tocar?
The Police, Elvis Costello, Blondie, Henry Rollins, The Mescalaros e Big Audio Dynamite...entre outros...
E nós com Status Quo...
Ouvindo Toxic Girl, de Kings of Convenience
SENSACIONAL MESMO É SER POLITICAMENTE INCORRETO
Amigos próximos sabem que estou aprendendo a manusear um violão.
Já aprendi Surfin´ Bird dos Ramones (um acorde), London Calling do The Clash (dois acordes), Heroin do Lou Reed (dois acordes) e agora aprendi a pérola Problemas dos fabulosos Replicantes, ex-banda do gaúcho Wander Wildner...e a letra? Bem, a letra é daquelas sensacionais que espantam todos os malas eco-vege-sei lá mais o que, num raio de 10 quilômetros de você, sendo muito indicada para tocar numa rodinha de violão em Arembepe ou em São Tomé das Letras...
Problemas
(Os Replicantes)
"Eu sei que tem problemas na américa do sul
Eu sei que tem problemas na europa e na asia
Eu sei que tem problemas na africa e na oceania
Eu sei que tem problemas no rio grande do sul
Mas resolver os problemas do mundo é coisa de vagabundo
Resolver os problemas do mundo é coisa de vagabundo"
É sensacional ser politicamente incorreto quantas vezes você quiser, no conforto do seu lar...adoro isso!!!
Ouvindo Kill the Poor, de Dead Kennedy´s
DESCONSTRUINDO O SAMBA – TODO CARNAVAL TEM SEU FIM
“...toda bossa é nova e você não liga se é usada...”
(Todo Carnaval tem seu Fim)
E eis que no final da década de noventa, surge uma banda no Rio de Janeiro que explodiu nas rádios com uma canção genuinamente pop rock que conquistou milhares de admiradores.
Entretanto, se por um lado a canção Anna Júlia fez com que o rock voltasse à mídia, por outro, Los Hermanos, a banda que perpetrou esse hit, sofreu por isso. E muito.
Primeiro sofreu uma pressão para continuar nesse caminho e produzir mais e mais canções simpáticas aos ouvidos gerais o que, convenhamos, é um fardo pesado demais para se carregar. Segundo sofreu pela evidente má vontade de parte da crítica especializada que começou a “quebrar” a banda, somente pelo fato de a mesma ter alcançado o sucesso comercial (costume tradicional, eu diria).
Nesse quadro a banda entra em estúdio e lança, em 2001, o seu segundo disco, chamado “O Bloco do Eu Sozinho”.
Surpreendentemente, a crítica foi praticamente unânime em aclamar o álbum como um clássico do rock nacional e um dos melhores álbuns desde sempre.
Surpresa? Espanto? Sim, confesso que senti uma certa surpresa com a excelente receptividade ao álbum e acabei o comprando.
De início me surpreendi, pois esperava algo muito próximo de “Anna Júlia” e “Primavera”, os juvenis hits do primeiro álbum. Não encontrei nada parecido com isso. Muito ao contrário, o que percebi foi uma maturidade surpreendente na banda e uma coerência conceitual no álbum, como raras vezes presenciei em discos de rock.
Mas isso faz do álbum uma obra prima, uma obra impecável, uma obra maravilhosa? Não. Ao menos para os meus ouvidos.
Há, na obra, carnaval, há samba de gafieira, há rock´n´roll, há trompetes, há cordas, há metais, há guitarras, há letras boas, enfim, há qualidades inegáveis no álbum, mas daí a elegê-lo como um dos mais perfeitos já produzidos no país, acho um certo exagero, ou uma espécie de mea culpa da crítica especializada por ter metralhado a banda no auge do sucesso “annajuliano”.
O que ouvi no álbum não foi nenhuma novidade musical inspiradíssima e carregada de frescor, como li por aí. O que ouvi foram boas tramas de guitarra, boas costuras de baixo e bateria e boas misturas de metais, cordas e afins.
Mas fiquei com certo ranço de deja vu ao ouvir o disco. Essa mistura me parece uma repetida obsessão fluminense em misturar rock com samba e com rock de novo. E eu não me interessei muito por tudo isso, porque não sou dado a essas experimentações e desconfio de quem quer nacionalizar uma música já internacionalizada.
E, apenas justificando o deja vu, eu me lembrei de já ter ouvido antes esse mesma mistura em Picassos Falsos, em Black Future (aqui, em 1988, com cheiro de novidade, sim senhores), também devidamente inspirados em Don Salvador, em Black Rio, em Moreira da Silva, e em tantos outros.
É um bom álbum? Sem dúvida. É maravilhoso? Na minha modesta opinião, nem tanto. Vale a pena ouvi-lo? Repetidas vezes, para formar sua própria opinião e tentar entendê-lo, o que, talvez, eu ainda não tenha conseguido.
Enfim, como diriam os próprios Hermanos “...toda bossa é nova e você não liga se é usada...”.
APERTEM OS CINTOS...
A Yoko Ono dos anos noventa, ou seja, a mulher que ajudou pacas a acabar com uma das melhores bandas de todos os tempos, a histérica Courtney Love foi presa no Aeroporto de Heatrow, Londres, Inglaterra, por comportamento inadequado no avião...
Posso imaginar a fulana dando um chilique...pobres comissárias de bordo...
Ouvindo Silly Love Songs, de Paul McCartney.
EM CASA DE FERREIRO O ESPETO É DE PAU
O Mr. Morcego, o velho Ozzy Osbourne ameaçou internar a sua simpática filha, Kelly Osbourne, em uma clínica de reabilitação, caso a mesma não pare de beber...
É...com certeza ela não aprendeu a beber com os avós...
Ouvindo qualquer música dos paus d´água do The Pogues
3.2.03
TEM FRASES QUE SÃO SENSACIONAIS...
Olha lá o que eu encontrei...o GENIAL MORRISSEY, em entrevista, dizendo a seguinte pérola...
"...mesmo correndo o risco de parecer egocêntrico, eu sempre fui mais amado do que admirado. Músicos são admirados, mas eu sempre me senti amado e eu sei disso.E eu prefiro isso. Eric Clapton é admirado, mas...quem poderia amá-lo? Sua própria mãe. Talvez..."
É mesmo...quem poderia amar aquele traste do Clapton...?
Somente a sua própria mãe...
Ouvindo Death of a Disco Dancer, de Smiths
KAZAA x RIAA
A empresa que detém os direitos do software Kazaa, simpático sistema de busca de mp3, está processando a indústria fonográfica norte-americana por tentativa de a segunda pretender estabelecer um monopólio sobre a distribuição de música...
Quer mais? Clique AQUI
Eu acho fantástico...QUALQUER TENTATIVA DE QUESTIONAR A RAZÃO DE A INDÚSTRIA FONOGRÁFICA COBRAR PREÇOS ABSURDOS POR UM CD, TEM O MEU TOTAL APOIO...
Ouvindo Police and Thieves, de The Clash
BUM!
Música do final de semana: da extinta banda paulistana Patrulha do Espaço que, em 1982, abriu o show do Van Halen no Maracanazinho, Rio de Janeiro...
Columbia
(Patrulha do Espaço)
"No céu azul
Columbia
Ele subiu aos céus e voltou
É o maior dos pássaros , COLUMBIA
Fez o homem de novo um navegador
Columbia
Voar entre estrelas
Escolher a mais bela pra ti
Voar até não ver mais a terra
Começar de novo
Columbia"
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