11.2.03


COMO TRANSFORMAR O RUÍDO EM UMA DOCE MELODIA



Falando em coisas velhas...

Em meados dos anos oitenta, na minha longínqua época de colégio, lembro bem do dia em que uma amiga me emprestou uma velha fita cassete. Já tinha ouvido falar da banda, mas nunca tinha escutado e não sabia ao certo do que se tratava. Ela disse: “Escuta que é sensacional”. Bem, assim que cheguei em casa eu coloquei o tape para tocar e fiquei simplesmente apaixonado pelo som que começou a sair daquelas velhas caixas de som 3 em 1. Era Jesus and Mary Chain ou a banda que transformou o ruído em melodia...uma doce melodia.
Não há quem negue a influência de Jesus and Mary Chain em todo o rock produzido no final dos anos oitenta, início dos noventa. De Nirvana a Portishead, de Dinosaur Jr. a Daisy Chainsaw, dezenas de bandas beberam na fonte ruidosa e apaixonante criada pelos irmãos escoceses Jim and William Reid. Surgida em 1984 (inclusive contando na sua segunda formação com o excepcional Bobby Gillespie, fundador da MELHOR BANDA DE TODOS OS TEMPOS, Primal Scream), a banda durou exatos quinze anos, dando adeus em 1999 após o lançamento do álbum Munki, no ano anterior. Apesar de ser uma banda espetacular, ela já não era mais necessária. Já havia feito história e ensinado muitos moleques a criarem músicas belíssimas em cima do caos e da destruição melódica...

The Jesus and Mary Chain...ouça Psychocandy (1985), Darklands (1987) e Honey´s Dead (1992)…fundamentais. Sempre.

Ouvindo Cupid Come, de My Bloody Valentine

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